Nomes populares: Miriti, carandá-guaçú, carandaí-guaçu, muriti, palmeira-buriti, palmeira-dos-brejos, mariti, bariti, meriti.
Encontrado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, os frutos jovens de buriti possuem escamas com coloração marrom clara e os maduros, escamas escuras, como cobre.
Caem do cacho, de outubro a março, e devem ser coletados no chão.
Logo que caem, apresentam escamas muito aderentes à polpa dura. Como o buriti é típico de área úmida, é hábito deixar os frutos nas lagoas para amolecer a polpa.
Como nem sempre se dispõe desse ambiente, deve-se coletá-los, lavá-los bem e colocá-los em vasilhames com água. Uma técnica mais prática é colocar os frutos em sacos plásticos, sem água, amarrá-los e deixá-los em ambiente fechado. Depois de aproximadamente dois a quatro dias, a polpa amolece.
Com essa polpa, pode-se fazer mingaus, adicionar a sopas, fazer bebidas ao natural ou fermentadas, geléia, doces pastosos ou em tabletes, sorvetes e picolés.
Também se extrai o óleo e a fécula e da seiva é possível a produção de açúcar.
Fabrica-se, ainda, sabão, a partir do fruto. As folhas são utilizadas para o fabrico de cordas, redes, chapéus e balaios; do pecíolo são feitos brinquedos e utensílios domésticos e, da madeira, trapiches e estivas.
Da parte vegetativa extrai-se o palmito; do caule retira-se uma seiva adocicada, que contém cerca de 93% de sacarose e da qual fabrica-se o vinho; da medula do tronco retira-se a ipurana, uma fécula cuja qualidade e sabor assemelham-se ao sagu e farinha de mandioca.
Fruto de alto valor nutritivo, é uma das maiores fontes de vitamina A que a natureza oferece. O buriti contém beta caroteno no óleo extraído em uma concentração quase 10 vezes maior do que a do óleo de dendê (50.667 mcg por 100 mg).
A efetividade do doce de buriti no tratamento e prevenção da xeroftalmia foi testada em estudo com 44 crianças. Os resultados demostraram que este alimento, naturalmente fonte de vitamina A, pode reverter a xeroftalmia clínica e restaurar reservas hepáticas da
vitamina. Sugere-se sua possível utilização em programas de intervenção para combater a hipovitaminose A nas regiões onde a fruta é nativa ou há potencial para cultivo. |