Outros nomes populares do Baru: cumarurana, cumbary, emburena-brava, feijão-coco, pau-cumaru, meriparajé.
O baruzeiro, que é uma leguminosa arbórea, oferece um fruto de casca fina onde se esconde uma amêndoa dura e comestível. Quando maduros, os frutos caem com facilidade da árvore.
O baru tem um alto valor nutricional, superando os 26% de teor de proteínas encontrado no coco-da-Bahia. A amêndoa é rica em cálcio, fósforo e manganês, contém 45% de óleos e o valor proteico se assemelha ao do amendoim e o gosto também. Pode ser comida crua ou torrada e, nesse último caso, substitui com equivalência a castanha-de-caju, servindo como ingrediente em receitas de pé-de-moleque, rapadura e paçoquinha.
Apesar de todas as suas qualidades, o baru não é ainda comercializado, sendo muito raro encontrá-lo nas feiras e nas cidades.
Juntamente a outras espécies fruteiras nativas do cerrado brasileiro, desde o final dos anos 80, o baru vem sendo estudado e submetido a variados experimentos por técnicos do Centro de Pesquisas Agropecuárias do Cerrado da EMBRAPA.
Descobriu-se, por exemplo, que o baruzeiro, por ser uma árvore de crescimento rápido e pela qualidade e resistência de sua madeira, é uma planta de bastante interesse e indicada para as empresas de reflorestamento.
Os frutos de baru maduros apresentam coloração marrom e são coletados no chão ou semi-maduros na árvore, no período de julho a setembro. Após a coleta, lavar bem os frutos e deixar escorrer. Com faca, raspar
a polpa que também tem cor marrom, muito doce. Pela textura de cera, torna-se difícil a retirada dessa polpa, que pode ser consumida
ao natural ou na forma de geléia e licor.
Para retirar a amêndoa do baru, é necessário quebrar o caroço, que é muito duro. Recomenda-se quebrar apenas os frutos cujas amêndoas deslizam no seu interior.
As amêndoas são utilizadas também para enriquecer pães, bolos, sorvetes e acompanhar aperitivos. |