O fruto é redondo, de coloração verde, passando a castanho-escura quando maduro, casca fina contendo suco leitoso e viscoso. Apresenta polpa mucilaginosa e de coloração amarelada.
As sorveiras ou sorvas brasileiras são diversas e bastante comuns em toda a região amazônica, onde são freqüentes, especialmente, em terras dos estados do Amazonas, Pará, Amapá e Rondônia, chegando até às Guianas, Colômbia e Peru.
Encontram-se sorvas silvestres em meio à floresta densa de matas virgens, em terrenos alagados ou de terras firmes. Algumas variedades
são espontâneas nos campos ou campinas e em matas secundárias, sendo freqüentemente cultivadas nos arredores de Manaus.
Os frutos das sorveiras, em todas as suas variedades, são do tamanho de limões, a princípio verdes, passando depois a uma cor parda e escura. Apesar de apresentarem um sabor bom e adocicado e de constituírem importante alimento para as populações regionais, são consumidos in natura ou como bebida (tipo refrigerante).
Do tronco das sorveiras, especialmente das espécies Couma macrocarga (sorvagrande) e Couma utilis (sorva-pequena), é possível extrair boas quantidades de um látex espesso, branco e viscoso, que é comestível
e de paladar adocicado. Esse látex pode ser ingerido diluído em água. Dessa forma, é usado como bebida, acrescido de café ou, ainda, como ingrediente no preparo de mingaus.
Na floresta, por exemplo, é comum o seringueiro sair para sua jornada de trabalho sem precisar levar nenhum alimento: é em árvores como a sorveira e em seu látex consistente que o habitante da terra encontra parte de seu sustento diário.
Retirado das árvores por um processo semelhante ao da extração do látex da borracheira, o látex da sorveira tem, também, grande utilidade como matéria-prima industrial, em especial na fabricação de goma de mascar. Após a extração, o látex se solidifica e é comercializado em grandes blocos compactos destinados, basicamente, à
exportação. |